Saudemos Maria neste mês da Bíblia.
Sob o impulso da graça de Deus, ela exerceu um papel especial
e único na história da Salvação.
MARIA NO NOVO TESTAMENTO
Poucos conhecem Maria de Nazaré.
A presença dela nestes quase dois mil anos de cristianismo é forte, embora poucas sejam as referências na Sagrada Escritura, especificamente no Novo Testamento.
É preciso também fazer distinção entre Maria dos Evangelhos e Maria das histórias que surgiram em torno dela na tradição religiosa. Seguem alguns relatos:
MATEUS
O evangelista Mateus menciona o nome de Maria só nos dois primeiros capítulos. No capítulo 1, a genealogia de Jesus, o Messias que nasceu de Maria virgem. “A virgem está grávida, dará a luz um filho que será chamado de Emanuel”. No capítulo 2 fala da homenagem dos Magos que entraram na casa e viram o menino com sua mãe Maria...
MARCOS
Sem o Evangelho segundo Marcos, a imagem de Jesus seria mais pobre. Marcos, ao descrever a cena do encontro de Jesus com seus familiares, não menciona o nome de Maria. “Olha, tua mãe e teus irmãos estão aí fora e te procuram”. (3,31-35)
LUCAS
Lucas, no seu Evangelho, não sendo testemunha ocular, inspira-se na tradição dos que assistiram e que estiveram a serviço da palavra da mensagem evangélica.
A exemplo de Mateus, Lucas ocupa os dois primeiros capítulos de seu Evangelho no relato da infância de Jesus. Nestes capítulos ele pode contar com informações orais e documentos já escritos.
No seu Evangelho, no relato da anunciação, menciona o nome de Maria quatro vezes. Também quatro vezes no relato da visita à sua prima Isabel (cap.1).
No relato do nascimento de Jesus, o nome da Maria é mencionado três vezes e, no texto da circuncisão e apresentação, uma vez.
Lucas dedicou a Maria um único momento na vida pública de Jesus e sem lhe mencionar o nome (8,19-21).
Nos Atos dos Apóstolos é citado o nome de Maria com algumas mulheres e os apóstolos reunidos no Cenáculo, em Jerusalém, esperando a vinda do Espírito Santo. (1,12-14)
JOÃO
O Evangelho segundo João, considerado mais uma reflexão teológica do que uma narrativa da vida de Jesus, narrando a festa das Bodas de Caná, faz referência à Mãe de Jesus sem mencionar o seu nome (2,1-5).
Junto à cruz de Jesus estavam sua mãe, duas mulheres e João, o discípulo amado. Nem aqui o evangelista mencionou o nome de Maria, até no próprio ato em que Jesus a ofereceu como mãe ao discípulo amado (19,25-27).
CONCLUSÃO
No Novo Testamento, Maria está presente em três momentos essenciais: na Encarnação, na Páscoa e no Pentecostes.
Lendo o Evangelho, poderemos encontrar razões para afirmar a doutrina da maternidade espiritual de Maria.
O fato de Maria ser a mãe de Jesus Cristo, é a primeira verdade de que provêm todos os outros privilégios marianos.
Como nossa mãe, Maria é evidenciada nos documentos eclesiásticos, sem dúvida, fruto do influxo do Espírito Santo.
Em toda a história da tradição cristã, Maria ocupa um lugar de relevo na pintura oriental e ocidental. Dessa forma, a arte cristã dá testemunho do profundo amor pela Mãe de Deus que ultrapassa a própria expressão teológica.
Os cristãos devem ser como Maria: ouvintes da Palavra de Deus, orantes e oferentes.
Texto de Ir. Alcídio J. Schmitdt
Um comentário:
Oi Cata, lindo e maravilhoso post!
Que Nossa Senhora te proteja sempre!
Paz de cristo!
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